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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Será Refluxo?



Qual bebê que nunca regurgitou na vida? E qual mãe nunca se fez a pergunta: "Será que isso é refluxo?"
Pois bem. Eu, como toda mãe preocupada também já me fiz essa pergunta. Então resolvi me aprofundar mais no assunto.
Primeiramente é preciso entender um pouquinho o que é o refluxo e quando devemos nos preocupar com ele.
O esôfago é um tubo muscular que conduz os alimentos da boca ao estômago. Na sua parte inferior existe um esfíncter que se abre para a passagem do alimento e se fecha para que o alimento não volte. Quando o esfíncter é fraco ou imaturo, ele não segura o alimento no estômago, que acaba voltando para o esôfago na forma de regurgitação ou vômito. Agora já estamos mais por dentro do assunto.
Grande parte dos bebês costuma regurgitar pequenas quantidades de leite após mamar, o que  é absolutamente normal e não traz nenhum desconforto para ele. Este refluxo gastroesofágico acontece por causa da imaturidade do esfíncter esofagiano. É chamado de refluxo fisiológico, isto é, que faz parte do desenvolvimento infantil. Em 80% dos casos tende a passar aos 6 meses de idade, com a introdução de alimentos mais sólidos.
No entanto, alguns recém-nascidos podem apresentar o refluxo gastroesofágico patológico que  provoca uma série de sintomas e até mesmo doenças.
Quando o alimento é ingerido, o sistema digestivo aciona o mecanismo de peristaltismo, que faz "descer" o alimento da boca para o esôfago, daí para o estômago e em seguida para o intestino, até ser eliminado pelo ânus. Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula chamada esfíncter esofágico inferior que impede o retorno do alimento do estômago para o esôfago. Nos bebês que sofrem de refluxo patológico, essa válvula não funciona corretamente e por isso o alimento "volta".
O refluxo gastroesofágico é considerado patológico quando o bebê regurgita com muita freqüência, em praticamente todas as mamadas e às vezes duas ou três vezes a cada vez que mama. Além disso, a quantidade de leite que ela devolve é bem maior se comparada à de um bebê que não sofre desse problema. Por regurgitar quase todo o alimento que ingere, o bebê tem dificuldade para ganhar peso. Também é considerado patológico quando episódios de vômitos e regurgitações não melhoram depois dos seis meses de vida mesmo com alterações na postura e dieta.
Além desses problemas, a criança apresenta sintomas como irritabilidade, choro persistente, dificuldade para dormir, recusa de alimentos ou complicações relacionadas ao nariz, ouvido, seios da face e garganta.
Em casos mais graves, a criança pode apresentar uma apnéia (parada respiratória) ou aspirar o próprio refluxo (chegar aos pulmões), progredindo para uma pneumonia aspirativa. Preste atenção se seu filho apresenta como sintoma chiado no peito.
O que fazer para diminuir o refluxo?
A manutenção do leite materno é essencial, assim como deixar a criança no colo “em pé” para arrotar depois de alimentada por pelo menos meia hora antes de deitá-la. Fracionar a alimentação para que o estômago não distenda e o refluxo seja evitado é outro cuidado. A quantidade de alimento deve ser menor por vez e dada em mais vezes ao dia.
Existem alguns "truques" que reduzem a intensidade do refluxo, como dar mingau para a criança depois de mamar, para engrossar o líquido que está no estômago e dificultar seu retorno para o esôfago. "Imagine que você entorne um copo de água. A água vai cair rapidamente. Se você encher o copo com mel e entorná-lo, o mel vai demorar mais para cair, pois é mais espesso. É isso o que o mingau faz", compara o Dr. Jamal.
Se o bebê não mama no peito, existem leites industrializados específicos para quem sofre de refluxo, chamados de AR (Anti-Refluxo). "Outro artifício bastante eficaz é elevar a cabeceira do berço do bebê, usando um calço. Quando o refluxo é muito forte, alguns bebês precisam dormir praticamente sentados, com a ajuda de um suporte", explica o Dr. Jamal. Além disso, o bebê deve dormir de lado e deitado sobre o seu lado direito.
Depois que o bebê começa a ingerir outros alimentos, é preciso evitar os muito gordurosos, cuja digestão é mais lenta e difícil, e os que pioram a acidez como chocolate ou refrigerante. Mas, lembre-se de que você não deve seguir todas essas recomendações sem antes consultar um pediatra!
Outra dica: a cabeceira do berço ou da cama da criança deve ficar elevada para que a ação da gravidade ajude o esvaziamento gástrico, assim como a posição de lado em cima do braço direito.
Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago. A indicação de cirurgia hoje é pequena devido ao bom desempenho dos medicamentos e dos cuidados na vida diária.
"Em 60% dos casos, o bebê está curado até os 9 meses de idade. Além de todo o tratamento, a introdução de alimentos sólidos na dieta do bebê e a própria maturação do seu organismo por si só já melhoram o problema", afirma o Dr. Jamal. No restante dos casos, o refluxo vai melhorando com o passar do tempo, mas nunca pode deixar de ser tratado.


Informações retiradas dos sites:

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