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sábado, 1 de setembro de 2012

Desenvolvimento do bebê: Nascimento a 1 mês

O bebê acabou de chegar em casa e seus pais ficam se perguntando o que ele já sabe, quando vai aprender coisas novas, como vai ser seu desenvolvimento.
Então, vamos ver mês a mês o que o bebê é capaz de fazer e o que aprende nesse período.
 
 
Nas primeiras horas de vida o bebê já sabe distinguir os odores, mostrando através de mímicas aqueles que lhes são agradáveis. Também sabe distinguir um cheiro familiar de um cheiro novo. A criança, com seu olfato, pode distinguir seu pai, sua mãe, irmãos, avós. Esta aptidão precoce é feita tanto a nível de odores naturais quanto perfumes e essências utilizados por essas pessoas.
O leque de sabores do bebê começa a se desenvolver muito cedo. A partir da 12ª semana de gravidez o feto é capaz de reconhecer algus sabores, graças ao líquido aminiótico. Ele precebe a variedade da alimentação da mãe, percebe rapidamente os 4 sabores principais: doce, salgado, amargo e azedo, dando preferência ao doce.
No nascimento o bebê já demosntra sinais de prazer ou repulsa em relação aos sabores de base. sSas papilas gustativas, mais numerosas do que no adulto, estão prontas para descobrir este sabores. O bebê aprende, pouco a pouco, a apreciar outros sabores, pois o sabor do leite varia de acordo com a alimentação da mãe.
Durante a gravidez a pele é o vetor essencial de comunicação entre a mãe e o bebê. O sentido do toque é o primeiro a aparecer, em torno da boca e na palma da pão, desde o 7º mês de gestação.
Os pais podem se comunicar desde muito cedo com o bebê: a pele da barriga da mãe estabelece o contato entre o bebê e o mundo, criando um diálogo. Não hesite em acariciar o ventre ou em fazer ligeiras massagenspois o bebê sente os gestos que você realiza.
No nascimento, a necessidade de segurança do bebê é mais forte que tudo. O bebê depende totalmente da mãe. O contato pele com pele o reconforta bastante, ajudando na passagem da vida utaria para a vida exterior.
A audição é um dos sentidos mais desenvolvidos no feto. A partir do 7º mês de gravidez o seu bebê já tem capacidade de reagir a sons.
O feto desperta para o mundo exterior com os barulhos que ele ouve, tais como:
- O som surdo do coração da mãe
- As vozes do pai e da mãe
Sendo assim, seu bebê já ouve bem desde que nasce, tirando os casos em que há alguma deficiência auditiva. Conforme cresce, ele vai usar o ouvido para absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que o cerca, o que por sua vez estimulará o cérebro e colaborará para conquistas no âmbito físico como sentar, virar, engatinhar e andar.
Desde que nasce, o bebê reconhece os barulhos ouvidos no útero, presta atenção às vozes, principalmente as mais agudas, e responde a sons conhecidos (sua fala, uma história que ouve com frequência etc.). Não sabe distinguir a origem dos sons, mas vai reagir a eles, movimentando os braços e pernas.
Pode se assustar com barulhos fortes e repentinos. Músicas suaves, cantigas de ninar, uma voz suave, palavras reconfortantes são capazes de acalmá-lo.
Estes momentos de comunicação são importantes, pois o bebê reconhece melhor a mãe pela voz e pelo cheiro do que pela silhueta. É muito importante conversar com ele, principalmente nos momentos de dor.
A audição do seu bebê estará totalmente madura ao final do primeiro mês de vida, mas vai demorar um pouco mais para que ele realmente entenda tudo o que está ouvindo.
Quando nasce, o bebê não sabe usar os olhos de forma concomitante, por isso fica "vesguinho" com frequência. O bebê já enxerga, mas uma imagem embaçada, desfocada. Ele não distingue os relevos e as cores. Ele não gosta de luzes fortes porque sua retina ainda não tem proteção para este tipo de iluminação.
Ele consegue focar bem uma imagem a 45cm de distância, que é a distância do colo ao rosto dos pais. A criança observa a mãe e o pai o tempo todo, memorizando seus traços e aprendendo a reconhecer suas vozes. Faça o teste. É bem possível que você perceba como o recém-nascido reconhece a voz da mãe.
O nível de atenção do bebê ainda é bem pequeno, e a tarefa de se ambientar ao mundo externo ao útero já é estímulo suficiente para as próximas semanas.
A alimentação e o sono entram aos poucos na rotina. Acordado, o bebê parece estabanado e assustado em seus movimentos. Ele não os controla, são reflexos involuntários. 
 
O bebê tem um pico de crescimento com 7-10 dias e 2-3 semanas.
 
Os padrõe de sono:
Recém-nascido: 1 Semana
- Bebê dorme bastante, 15-18 horas/dia
- Geralmente em intervalos de 2-4 horas
- Não há padrão de sono
2 a 4 semanas
- Sem tabela de horários, permita que o bebê durma quando precisa
- Bebê provavelmente não dormirá por periodos longos à noite
- O maior período pode ser de 3-4 horas
Informações retiradas dos sites:

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Picos de crescimento e desenvolvimento

Minha bebê sempre foi um anjo, muito quetinha e tranquila. Mas, de repente, ela começou a ficar mais chorosa e só querendo colo. Me perguntei se teria algo errado com ela, pois ela não demonstrava estar com dor, nem fome, nem cólica. Só queria colo.
Será que ela está viciada dem colo? Será que a estou acostumando mal?
Então descobri que os bebês tem picos de crescimento e desenvolvimento e que nesta fase eles precisam muita mais da atenção da mãe. Isso me ajudou a não me sentir culpada, achando que eu estava acostumando mal minha bebê.
Então, vamos abordar um pouco mais sobre o assunto.
O desenvolvimento e o crescimento do bebê no primeiro ano e além podem provocar alterações no seu sono.
O primeiro ano da criança é uma fase de mudanças extraordinárias para toda a família. Esse período é excitante e desafiador, quando bebês aprendem a comunicar suas necessidades e pais aprendem como atendê-las.
Você pode pensar que o desenvolvimento do seu bebê (como aprender a rolar, engatinhar e andar) e seu crescimento não tem nada a ver com o sono, mas a verdade é que caminham juntos! Abaixo uma descrição dos fenômenos chamados saltos de desenvolvimento, picos de crescimento e angústia de separação.
 
Saltos de desenvolvimento
Saltos de desenvolvimento são aquisições de habilidades funcionais específicas que ocorrem em determinados períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há alguns períodos de desenvolvimento acelerado e outros onde há uma desaceleração.
Toda vez que seu bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavras, um dos ‘efeitos colaterais’ desse trabalho todo que o cérebro dos bebês está fazendo é que eles não dormem tão bem quanto o fazem em períodos que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.
No período que imediatamente antecede o chamado salto de desenvolvimento, o bebê repentinamente pode se sentir perdido no mundo, pois seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças. Então o mundo lhe parece estranho, e o resultado da ansiedade gerada é geralmente desejar voltar para sua base, ao que já lhe é conhecido, ou seja, a mamãe! Em vista disso, é comum ficarem mais carentes, precisando de mais colo, e com frequência há também alterações em seu apetite e sono.
Então, nessas fases, é preciso apenas ter um pouco de paciência e empatia com o bebê - depois do processo de aquisição da nova habilidade (como rir, engatinhar, sentar, interagir, andar) o bebê dá um salto no desenvolvimento e demonstra felicidade com o final da ‘crise’. Ou seja, por um lado, o bebê fica feliz com a nova habilidade e independência que vem junto, e já é capaz de se afastar um pouco da mamãe. Por outro lado, sente angústias e receios com essa nova situação. Isso lhe traz sentimentos dúbios: é como uma ‘dança louca’ entre separação e apego, onde o bebê irá flutuar entre os dois por um período.
A duração de cada salto é variável, mas geralmente depois de algumas semanas a fase difícil passa e tudo volta à normalidade. Bebês e crianças precisam de cuidados amorosos, empatia e novas experiências, e não de brinquedos caros. Fale com seu bebê, cante, brinque com ele, leia para ele. São atividades chave para o desenvolvimento do cérebro. Os saltos no desenvolvimento não cessam na infância, mas continuam até a adolescência. (1-2).
Essas aquisições ocorrem em vários aspectos: desenvolvimento motor (aprender a usar grupos de músculos para sentar, andar, correr, ter equilíbrio corporal, mudar de posições e outros), desenvolvimento do controle motor fino (usar as mãos para comer, desenhar, se vestir, tocar um instrumento, escrever, e tantas outras coisas), linguagem (desenvolvimento da fala, uso de linguagem corporal e gestos, comunicação e entendimento do que outros dizem), desenvolvimento cognitivo [nos dois primeiros anos de acordo com Piaget ocorre o desenvolvimento sensório-motor, que inclui habilidades de pensamento como aprendizado, entendimentos, resolução de problemas, raciocínio e memória (3)] e desenvolvimento social (interagir e se relacionar com familiares, amigos e professores, mostrar cooperação e empatia).
Certa variação entre crianças é esperada, mas uma cronologia observada experimentalmente dos períodos de saltos de desenvolvimento é a seguinte:
 
 
- 5 semanas (1 mês): a visão do bebê melhora, ele consegue ver padrões em branco e preto, passa a se interessar mais pelo ambiente que o rodeia e consegue seguir objetos brevemente com os olhos. Passa ficar acordado por períodos um pouco maiores (cerca de 1 hora ou pouco mais entre as sonecas). É também nessa época que bebê começa a chorar com lágrimas e sorrir pela primeira vez ou com mais frequência do que antes.
- 8 semanas (quase 2 meses): diferenças nos sons, cheiros e sabores ficam mais perceptíveis. Ele percebe que as mãos e os pés pertencem ao corpo e começa a tentar controlar estes membros. O bebê começa também a experimentar com sua voz. É também nessa fase que o bebê começa a mostrar um pouco de sua personalidade: é agora que os pais começam a reparar quais coisas, cores e sons o bebê gosta mais. Depois desse salto o bebê vai poder virar a cabeça na direção de algo interessante e emitir sons conscientemente. Todas essas novas experiências trazem insegurança ao bebê que provavelmente procura mais o conforto do peito da mãe. Isso pode deixar a mãe preocupada se produz leite materno suficiente, o que não procede, já que a produção se ajusta à demanda (ver abaixo também sobre picos de crescimento).
- 12 semanas (quase 3 meses): o bebê descobre mais nuances da vida: nessa idade o bebê já pode enxergar todo um cômodo da casa, vira-se quando ouve sons altos, e consegue juntar suas mãos. Vai observar e mexer no rosto e cabelo dos pais e vai perceber que pode gritar. Depois do salto o bebê praticamente não vai mais precisar de apoio para manter a cabeça erguida. Como nos outros saltos, os pais são o porto seguro do mundo do bebê e ele se apoia nisso. Ele pode começar a reagir de maneira diferente fora de casa ou no colo de um estranho. Ao mesmo tempo que o bebê tem uma grande curiosidade em reparar no mundo que o rodeia, ele também é muito sensível às novidades e por isso se sente mais confortável e seguro nos braços dos pais.
- 19 semanas (4 meses e meio): por volta da 14ª. até a 17ª. semanas o bebê pode parecer mais ‘impaciente’. Esse é um dos saltos mais longos: dura cerca de 4 semanas, podendo porém se estender por até 6 semanas. O bebê chora mais, apresenta mudanças extremas de temperamento e quer mais atenção e colo. Consegue alcançar e pegar um brinquedo, sacudi-lo e colocá-lo na boca, passá-lo de uma mão para outra. Pode ganhar o primeiro dente. Os sons que o bebê emite se tornam mais nítidos e complexos, consegue fazer alguns sons como ‘baba’, ‘dada’. Tudo cheira, soa e tem gosto diferente agora. Dorme menos. Estranha as pessoas e busca maior contato corporal quando está sendo amamentado. Depois desse salto o bebê vai poder virar de costas e de barriga para baixo, e vice-versa, se arrastar pra frente ou pra trás, olhar atentamente para imagens num livro; reagir ao ver seu reflexo no espelho e reconhecer seu próprio nome.
Esse é um dos saltos de desenvolvimento mais significativos e em que um maior número de mães costuma relatar alterações no sono. Provavelmente porque o padrão de sono parecia entrar num ritmo desde que o bebê nasceu, e essa alteração é vista como uma ‘regressão’, na qual o bebê tende a acordar bastante por algumas semanas enquanto está trabalhando no salto. E uma vez que esse salto está completo há somente 1 ou 2 semanas antes de começar a trabalhar no próximo (das 26 semanas), é um longo período de sono ruim e bebê irritado nesse estágio da vida.
- 26 semanas (6 meses): Já na 23ª semana o bebê parece se tornar mais ‘difícil’. Ele busca maior contato corporal durante as brincadeiras. O bebê já consegue coordenar os movimentos dos braços e pernas com o resto do corpo. Senta sem apoio e põe objetos na boca. Nessa idade ele começa a entender que as coisas podem ficar dentro, fora, em cima, embaixo, atrás, na frente, e usa isso em suas brincadeiras. Ele passa a entender que quando a mamãe anda, ela vai se afastar e isso o assusta, então reclama quando a mãe sai de perto. Depois desse salto o bebê vai ficar interessado em explorar a casa, armários, gavetas, achar etiquetas, levantar tapetes para olhar o que tem embaixo. Ele se vira para prestar atenção nas vozes, consegue imitar alguns sons, rola bem em ambas direções e começa a se apoiar em algo para ficar de pé. Adquire maturidade para receber alimentos sólidos. Essa fase pode durar cerca de 4-5 semanas.
- 30 semanas (7 meses): o bebê tenta se jogar adiante para alcançar objetos, bate um objeto em outro. Pode começar a engatinhar, a falar algumas sílabas e entende melhor o conceito de permanência das coisas. Pode fazer sinal de tchau. Sente ansiedade com estranhos.
- 37 semanas (8 meses e meio): o bebê fica ‘temperamental’, tem mudanças frequentes em seu humor, de alegre para agressivo e vice-versa, ou de exageradamente amoroso para ataques de raiva em questão de momentos. Chora com mais frequência. Quer ter mais atividades e protesta se não as tem! Não quer que troquem sua fralda, chupa seus dedos. Protesta quando o contato corporal é interrompido. Dorme menos, tem menos apetite, movimenta-se menos e “fala” menos. Às vezes senta-se quieto e sonha acordado. O bebê agora começa a explorar as coisas de uma forma mais metódica. Passa a entender que as coisas podem ser classificadas, por exemplo, sabe o que é comida e o que é animal, seja ao vivo ou em um livro. Fala "mamá" e"papá" sem distinção de quem é a mãe ou o pai. Engatinha, aponta objetos, procura objetos escondidos, usa o polegar e dedo indicador para segurar objetos.
- 46 semanas (quase 11 meses): o bebê percebe que existe uma ordem nas coisas e atitudes, por exemplo, que se colocam sapatos nos pés e brinquedos nos armários. Ganha então uma consciência de suas próprias atitudes. Ao invés de separar objetos, passa a juntá-los. Depois desse salto o bebê vai poder apontar para algo ou pessoa a pedido seu, vai querer ‘falar’ no telefone e enfiar chaves nos buracos de chave, procurar algo que você escondeu, tentar tirar a própria roupa. Fala "mamá" e "papá" para a mãe ou pai corretamente. Levanta-se por alguns segundos, movimenta-se mais, entende o "não" e instruções simples.
- 55 semanas (quase 13 meses): geralmente a fase em que o bebê começa a andar - um salto no desenvolvimento bem significativo. Fala mais palavras do que "mama" e "papa". Rabisca com giz.
- 64 semanas (quase 15 meses): o bebê combina palavras e gestos para expressar o que precisa, come com as mãos, esvazia recipientes, coloca tampas nos recipientes apropriados, imita as pessoas, explora tudo que estiver à sua frente, inicia jogos, aponta partes do corpo quando perguntado, responde a algumas instruções (por exemplo, “me dá um beijo”), usa colher e garfo, empurra e puxa brinquedos enquanto anda, joga bola, anda de marcha a ré.
- 75 semanas (17 meses): o bebê usa cerca de 6 palavras regularmente, gosta de jogos de imitação, gosta de esconder brinquedos, alimenta uma boneca, joga bola, dança, separa brinquedos por cor, formato e tamanho. Olha livros sozinho e rabisca bem.
 
Picos de crescimento
Picos de crescimento são fenômenos que se referem ao crescimento do bebê em si, e não ao seu desenvolvimento. Nos períodos de picos os bebês começam a solicitar mais mamadas do que o usual, pois precisam de mais alimento para crescer nesse ritmo agora mais acelerado. Então o bebê que dormia longos períodos à noite pode começar a acordar mais e solicitar mais mamadas. Esta necessidade geralmente dura de poucos dias a uma semana, seguido de um retorno ao padrão menor de mamadas, mas agora com o organismo da mãe adaptado a produzir mais leite.
É muito importante respeitar a demanda aumentada de mamadas, pois somente com a livre demanda é que a produção de leite materno se ajusta perfeitamente às necessidades do bebê.
Nesses períodos a mãe pode interpretar incorretamente a maior demanda de mamadas do bebê - ela pode achar que seu leite não está sendo suficiente, ou que está ‘fraco’ e pensar que a solução para a situação é oferecer complemento de leite artificial. Porém, é um erro oferecer mamadeiras com leite artificial nesses períodos, pois isso prejudica o equilíbrio perfeito da natureza de produzir o leite conforme a demanda de mamadas. Em outras palavras, ao dar leite artificial perde-se um estímulo poderoso no peito, o organismo assim entende que não precisa daquela mamada, e passa a produzir menos e não mais como é necessário!
Períodos comuns dos picos de crescimento ocorrem por volta dos 7-10 dias, 2-3 semanas, 4-6 semanas, 3 meses, 4 meses, 6 meses e 9 meses e além. Os picos continuando acontecendo no decorrer do crescimento da criança, incluindo a adolescência, momento em que mudanças físicas e emocionais são mais notáveis.
Dra. Jeny Thomas, médica e consultora de amamentação, afiliada a Associação Americana de Pediatria e a Academia de Medicina da Amamentação reflete sobre acreditar na capacidade de amamentar o bebê:
"A maioria das mulheres não acredita que seu corpo que gerou esse lindo bebê seja capaz de amamentar o mesmo bebê. As pesquisas mostram que uso de complemento e desmame precoces estão aumentando. Por que não acreditamos no nosso corpo no pós-parto? Não sei. Mas ouço todos os dias que a mãe está complementando porque "meu leite não o satisfaz, não é suficiente." Claro que é. Bebês precisam mamar o tempo todo- e precisam estar contigo o tempo todo. Essa é sua satisfação máxima.
Um bebê mamando no peito de sua mãe está obtendo componentes para desenvolvimento de seu sistema imune, ativando seu timo, se aquecendo, se sentindo quentinho e confortável, seguro de predadores, tendo padrões de sono normais e ativando seu cérebro (ah, e inclusive) adquirindo alimento para esses processos. Eles não estão somente "famintos" – eles estão obedecendo seus instintos de sobrevivência." (4)
 
Ansiedade de separação
A partir de 6 a 8 meses, em média, o bebê começar a perceber que é um indivíduo separado da mãe. Essa descoberta lhe traz angústia e pânico, então ele tende a solicitar muita atenção da mãe e pode chorar mais que o usual. Essa fase se completa num longo processo que continua a se manifestar de uma forma ou outra até os dois a três anos, ou até os cinco anos, de acordo com outros especialistas.
É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. O bebê não está “chatinho”, “grudento” nem “manhoso”. Como a mãe é o seu mundo e representa sua segurança, e como a noção de permanência (ou seja, tudo que está longe do campo de visão) não está completamente estabelecida, essa angústia é muito acentuada. A maioria das conexões nervosas no cérebro são feitas na infância e a maneira com que lidamos com as emoções do bebê tem um efeito profundo em como essas conexões se refletirão na capacidade do bebê lidar com suas próprias emoções quando for adulto. Em outras palavras, experiências na primeira infância e interação com o ambiente são as partes mais críticas no desenvolvimento do cérebro da criança. (5)
O sistema de angústia da separação, localizado no cérebro inferior, está geneticamente programado para ser hipersensível. Nos primeiros estágios da evolução humana era muito perigoso que o bebê estivesse longe da sua mãe. Se não chorasse para alertar seus pais do seu paradeiro, não conseguiria sobreviver.
Então, quando o bebê sofre pela ausência dos seus pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas que quando sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho, e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação. Mas, infelizmente, é isso o que fazem muitos pais, por não conseguirem aceitar que a dor emocional de seu filho é tão real como a física. Essa é uma verdade neurobiológica que todos deveríamos respeitar.
O desenvolvimento dos lóbulos frontais inibe naturalmente esse sistema de angústia de separação.
É importante entender que o período "crítico" de desenvolvimento emocional e social ocorre nos primeiros 18 meses da criança. A parte do cérebro que regula as emoções, a amídala, é formada cedo de acordo com as experiências que o cérebro recebe. O desenvolvimento de um vínculo emocional, empatia e confiança, e todos os aspectos da inteligência emocional fornecem o fundamento para desenvolvimento de outros aspectos emocionais conforme a criança cresce. Então, nutrir emocionalmente e responsivamente o bebê é importante para que a criança aprenda empatia, felicidade, otimismo e resiliência na vida.
O desenvolvimento social, que envolve auto-consciência e capacidade da criança de interagir com outros, também ocorre em etapas. Por exemplo, compartilhar brinquedos é algo que um cérebro de uma criança de 2 anos não está completamente desenvolvido para fazer bem! Então não se zangue com seu filho menor de 2 anos que não quer dividir os brinquedos. Esta capacidade social é mais comum e positiva em crianças maiores de 3 anos.(6)
Então, se se a mãe tiver que se afastar do filho pequeno para trabalhar ou por outro motivo, muito carinho, conversa, paciência e coerência nas atitudes são necessários para que ele continue tendo confiança nela e supere esse período de crise. É também muito importante certificar-se que o bebê criou um vínculo afetivo com o outro cuidador. (7)
Alguns estudos detectaram alterações a longo prazo do eixo Hipotálamo-Hipófise- Adrenal do cérebro infantil devido a separações curtas, quando a criança fica aos cuidados de uma pessoa desconhecida. Esse sistema de resposta ao estresse é fundamental para nossa capacidade de enfrentar bem o estresse na vida adulta é muito vulnerável aos efeitos adversos do estresse prematuro. (8)
Algumas pessoas justificam sua decisão de deixar o bebê desconsolado como uma forma de “inoculação de estresse”, o que significa apresentar ao bebê situações moderadamente estressantes para que aprenda a lidar com a tensão. Aqueles que afirmam que os bebês que choram por um prolongado período de tempo só sofre um estresse moderado estão enganando a si mesmos, pois livrar-se do bebê ou não consolá-lo (durante o dia ou a noite, quando choram ou pedem mais mamadas ou colo do que o usual) pode resultar em efeitos adversos permanentes no cérebro da criança. Ela pode sentir pânico, o que significa um aumento importante e perigoso das substâncias estressantes no seu cérebro, podendo resultar em uma hipersensibilização do seu sistema de medo, o que lhe afetará na sua vida adulta, causando fobias, obsessões ou comportamentos de isolamento temeroso. (9).
Além disso, nessa fase, procure passar todo tempo possível com seu bebê, principalmente se trabalha fora. Separe os momentos logo após o reencontro do dia de trabalho para ter dedicação exclusiva a ele. Sente confortavelmente, faça contato olho no olho, amamente, interaja com seu bebê. Você pode estar cansada e estressada depois da longa jornada de trabalho, mas se conseguir um pouco de energia para receber seu bebê com alegria, você também se sentirá melhor após alguns minutos de uma reconexão significativa. Somente depois pense no jantar, no banho e outros afazeres. Considere promover proximidade na hora de dormir se suspeita que o bebê tem acordado mais a noite por estar passando por um pico de ansiedade de separação.
 
Outras mudanças
Alguns acontecimentos, como o nascimento de um irmãozinho/a, introdução de alimentos novos , o retorno da mãe ao trabalho e entrada em creche, viagens, doenças, separação dos pais, atritos com coleguinhas, ausência de um ente querido e outros podem interferir no sono da criança. Tenha muita paciência e ofereça-lhe sempre segurança, assim, gradualmente, a rotina pode ser restabelecida.
 
Resumindo
Saltos de desenvolvimento e picos de crescimento são eventos diferentes e sua cronologia não se sobrepõe perfeitamente, embora possam ocorrer concomitantemente.
Picos de crescimento tem a ver com alimentação (o bebê quer comer mais, inclusive a noite!) e os saltos tem a ver com desenvolvimento (o bebê pode querer comer e dormir menos).
A angústia de separação é uma fase muito crítica, talvez a mais crítica no desenvolvimento do ser humano. A partir do momento que bebês tomam ciência do mundo ao seu redor eles começam a formar relações importantes com as pessoas em suas vidas, aprendem rapidamente que certas pessoas são vitais para sua felicidade e sobrevivência, e sofrem angústias quando essas pessoas aparecerem e desaparecerem. Isso tem influência direto no seu sono, principalmente se a mãe retorna ao trabalho ou promove um desmame (ou outro tipo de separação) quando o bebê está passando pela ansiedade de separação.
Todos os fenômenos são importantes e podem alterar o sono do bebê. Mas é confortante saber que carinho, apoio, amor, colo, empatia e amamentação em livre demanda, independente da fase que se encontra, é o que o bebê precisa.

Informações retiradas do site:
http://guiadobebe.uol.com.br/fases-de-crescimento-e-desenvolvimento-que-modificam-o-sono-do-bebe-e-da-crianca/

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Alergia na pele do bebê

Com cerca de um mês, minha filha começou a apresentar assadura. Fiquei meio decepcionada, pois fazia tudo certinho para previnir. Então comecei a pensar o que eu havia mudado na rotina dela e cheguei à conclusão que foi a fralda.
Troquei de fralda e, dito e feito, em dois dias a assadura havia passado. Minha filha tinha alergia àquela fralda.
Poucos dias depois notei bolinhas no seu rosto. Parei para prestar atenção nas áreas em que as bolinhas apareciam e notei que era sempre onde o cobertor entrava em contato com a pele. Mais um episódio de alergia.
Pesquisando a respeito, descobri que o que muitas veses pensamos que é alergia é apenas uma irritação. O bebê é realmente muito sensível e alguns tipos de material podem causar irritação em sua pele.
 
 
Segue então 12 perguntas e respostas sobre esse assunto:
 
1. O que pode ser considerado uma reação alérgica?
“Uma reação alérgica é aquela que acontece quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a alguma substância com que o organismo entrou em contato”, define Fabíola Suano, pediatra especialista em Nutrição Infantil e Diretora Científica do Instituto Girassol. Isso pode acontecer por meio de bolinhas vermelhas na pele, espirros ou até mesmo dificuldade para respirar.
2. Qual a diferença entre uma reação alérgica e uma irritação?
Apenas o médico é capaz de identificar essa diferença. Para Christiana Alonso Moron, mestre e doutora em dermatologia pela Universidade de São Paulo, um bebê não tem o sistema imunológico pronto, por isso é difícil entender a reação a um produto como uma alergia. Em geral, o que existe é uma irritação, que deixa a pele bastante vermelha e, em alguns casos, podem aparecer até mesmo bolinhas de água.
Já a alergia costuma ser comum em crianças que já apresentam outros problemas, como a bronquite e a asma. Há ainda o peso da herança familiar, ou seja, se a mãe ou o pai têm algum tipo de alergia (respiratória ou alimentar), as chances de o pequeno apresentá-la também são grandes. Além disso, nem sempre a resposta alérgica é imediata. “A criança pode, por exemplo, comer um alimento infinitas vezes e com o tempo ir incomodando o seu organismo até que ele se manifeste”, afirma Christiana Alonso.
3. Quais são os produtos que mais causam alergia nas crianças?
Produtos de higiene pessoal, como sabonete e xampu, de limpeza pesada e aqueles com corantes são os mais famosos. “Portanto, pacientes com rinite ou asma têm que evitar produtos com cheiro ou cores fortes”, defende Kátia Valverde, pediatra e alergista do Hospital Samaritano de São Paulo. “A borracha e o níquel, substâncias encontradas nas bijuterias, também costumam causar bastante alergia. Por isso, é bom evitar esses artigos entre as meninas pequenas”, lembra Christiana Alonso Moron. Os ácaros, presentes nos carpetes e nas cortinas, pelos de animais e o pólen das plantas também entram na lista dos itens que levam às reações alérgicas.
4. E os alimentos?
Os alimentos considerados mais alergênicos – e responsáveis por 90% dos casos –, segundo a publicação americana Current Opinion in Pediatrics, são o leite de vaca, o ovo, a soja, o trigo, o amendoim, as nozes, os peixes e os mariscos. Entre eles, o mais preocupante é o leite, que costuma ser frequente no cardápio infantil. É claro que a resposta depende de outros fatores e, entre eles, está a predisposição genética para o problema e como os alimentos foram introduzidos na rotina da criança. “Sabemos que oferecer alimentos ao bebê muito cedo é um importante fator desencadeante de alergia”, lembra Kátia Valverde.
5. Quais são os primeiros sinais de uma alergia alimentar?
“Podem aparecer sintomas até duas horas depois da ingestão”, explica Fabíola Suano, pediatra especialista em nutrição infantil e diretora científica do Instituto Girassol. Os mais comuns são a coceira e a vermelhidão. No entanto, algumas pessoas podem ter dificuldade para respirar, causada pelo chamado edema de glote, e queda de pressão. Nesses casos, é importante procurar o pediatra o mais rápido possível.
6. É comuns crianças apresentarem reações alérgicas?
“Cerca de 5 a 6% das crianças menores de 3 anos têm alergia a algum alimento, o mais comum (80%) é o leite de vaca”, explica a pediatra Fabíola Suano. Os asmáticos têm mais riscos ainda de desenvolver o problema. “Com relação à rinite alérgica, ela acomete quase 20% da população geral no Brasil, sendo 33,4% crianças e 34% adolescentes”, completa Kátia Valverde.
7. Quais são os primeiros sinais de alergias de pele?
“Coceira e formação de placas avermelhadas e, às vezes, inchaço”, esclarece Kátia Valverde.
8. É verdade que uma criança pode ter alergia a fraldas?
Não é uma alergia, mas uma irritação. Nesse caso, a causadora do problema é a amônia, substância presente na urina e que agride a pele delicada do bebê. “Essa dermatite é bem vermelha”, explica Christiana Alonso Moron. Em alguns casos, ela ainda pode vir ladeada por bolinhas. Daí, o mais indicado é conversar com o pediatra para ver a melhor maneira de tratá-la.
9. As famosas brotoejas são um sinal de alergia ou de irritação de um produto?
Não. “A brotoeja é causada por uma imaturidade das glândulas da criança, que não conseguem excretar todo o suor que o bebê produz. Esse excesso acaba se depositando numa camada mais profunda da pele e é isso que causa as bolinhas vermelhas”, explica a dermatologista. O problema aparece quando, por algum motivo, o bebê sua demais, seja porque foi excessivamente agasalhado, seja porque viajou para um lugar onde a temperatura está mais quente. Além disso, produtos que colaboram para a oleosidade da pele ou muito cremosos podem levar ao problema. Daí a importância de aplicar cremes, protetores solares e outros cosméticos específicos para crianças e para cada tipo de pele.
10. Existe algum tratamento para acabar com uma alergia?
“A alergia, seja ela qual for, é considerada uma doença crônica, portanto, ela não acaba, não tem cura, e sim controle”, aconselha Kátia Valverde. E o controle é simples: mantendo a higiene do ambiente e evitando os alimentos campeões de alergia entre as crianças. Em alguns casos, é preciso lançar mão de medicações específicas. “Não há nenhum remédio, vacina ou coisa parecida que acabe com a alergia”, completa a pediatra Fabíola Suano.
11. Uma criança será sempre alérgica?
No caso dos alimentos, a criança pode criar tolerância com o passar dos anos. “Cerca de 85% dos alérgicos ao leite de vaca saram por volta dos 3 anos de idade. Já crianças alérgicas ao ovo podem melhorar somente na idade escolar”, explica a diretora científica do Instituto Girassol. Já alérgicos a frutos do mar ou amendoim podem nunca melhorar.
12. Quando é a hora de correr para o hospital?
Quando a reação é resistente e não passa. “E, se junto aos outros sinais de alergia e irritação, for notado um inchaço na pele e na face”, alerta a dematologista Christiana Alonso Moron.
 
Informações retiradas do site:

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Os benefícios da Shantala

Depois que minha bebê nasceu, algumas pessoas me disseram que eu deveria fazer a massagem Shantala nela, pois ajudaria muito.
Eu nunca tinha ouvido falar sobre essa massagem e, sinceramente, não sabia nem como se escrevia. Então busquei na internet e descobri que a mesma traz muitas vantagens e benefícios para o bebê.
Primeiramente, vamos entender o que é shantala.
A Shantala é uma massagem milenar indiana, sem registro de quando surgiu exatamente em Kerala no Sul da Índia. Foi descoberta quando o médico francês Frédérick Leboyer, de passagem pela Índia, se deparou com a cena de uma mulher num calçada pública massageando seu bebê. Seu nome era Shantala, ela era paraplégica e estava numa associação de caridade em Pilkhana, Calcutá.
O ambiente que Leboyer percorrera até então era completamente hostil, mas a cena da massagem fez com que a beleza e harmonia dos movimentos de Shantala transformasse tudo a sua volta.
Leboyer pediu para fotografá-la e filmá-la. Ela, admirada pelo interesse em uma prática tão simples e corriqueira, aceitou. Durante dias ele acompanhou a massagem de Shantala em seu bebê, captando atentamente cada movimento. Leboyer fez o possível para que as fotografias exprimissem a profundidade e o amor envolvidos.
Em homenagem a essa mãe, o nome da técnica de massagem em bebês chama-se Shantala. Na índia, essa prática não tem um nome específico, pois trata-se de uma atividade que faz parte da rotina de cuidados com o bebê.
Graças à “descoberta” de Leboyer, e ao seu livro: SHANTALA, massagem para bebês: uma arte tradicional, Shantala vem sendo cada vez mais popular em todo o mundo e cresce a cada dia o número de pesquisas científicas que objetivam comprovar seus benefícios.
Mas há um aspecto que transpõe as pesquisas científicas e suas comprovações: A relação Mãe-Filho/Pai-Filho. Foi esse encantamento, a relação, interação e vinculação que encantou Leboyer e que no Ocidente vem a ser uma forma dos pais apronfudarem o vínculo afetivo com seus bebês.
Shantala traduz um momento especial oferecendo a oportunidade dos pais terem um contato mais prolongado com o bebê. O toque carinhoso é a melhor forma dos pais se aproximarem do bebê após um dia de trabalho, transmitindo amor e carinho através das mãos. Esse contato ajudará muito os pais a conhecerem o corpo do seu bebê e como se comunicam, isso é muito importante e ajudará em muito nos dias difíceis da criança.
Essa massagem faz parte da cultura indiana. É um ensinamento passado de geração para geração. Na Índia, as mães costumam massagear os filhos até completarem 10 ou 12 anos, idade em que ainda cabem no colo, usando uma técnica que é conhecida no ocidente como Shantala. “Aqui no Brasil essa massagem é feita no colo em crianças até 5 anos, em média, porque elas são maiores do que as indianas”, explica o fisioterapeuta Marcelo Doi. Entre os 5 e 10 anos, a massagem também pode ser feita com a criança no chão.
 
 
Benefícios
É através do toque e das palavras que os bebês reconhecem os pais. E nada é mais gostoso do que fazer carinho, apertar e brincar com os filhos. Essa relação de amor, afeto e cumplicidade traz muitas vantagens tanto para os pais quanto para os bebês.
Além de manter os bebês relaxados, a Shantala também auxilia na prevenção de cólicas. “Cerca de 80% das cólicas são causadas pelo stress que o bebê recebe ao longo do dia, principalmente da mãe, que às vezes fica tensa em relação à como lidar com o filho”, afirma o pediatra. Outra vantagem da técnica é a segurança que a mãe adquire, já que muitas mulheres têm medo de pegar a criança. “A aproximação feita pela Shantala traz uma tranquilidade muito grande para a mãe, faz com que ela conheça melhor o corpo do bebê e tenha uma relação mais íntima com ele”, justifica Álvaro de Oliveira.
Porém, os benefícios da massagem não são apenas imediatos. A criança que é submetida à Shantala se torna um adulto mais seguro, tranquilo e determinado. “Ela será uma pessoa que enfrenta mais os problemas, além de ser mais afetiva e carinhosa porque teve essa troca de carinho na infância”, diz Roberta Mattos, que é fisioterapeuta e coordena o curso para gestantes do Hospital Universitário (HU).
É exatamente por causa dessa troca de carinho que é recomendado que a massagem seja feita pela mãe ou pelo pai. “A Shantala cria um vínculo afetivo muito grande. Já vi mães levarem os filhos em consultórios para receberem a massagem e sentirem ciúmes", diz Roberta. Não há idade mínima para a aplicação da massagem, mas recomenda-se que ela comece a ser feita após o bebê completar o primeiro mês. O pediatra Álvaro de Oliveira indica que a Shantala seja aplicada todos os dias, na mesma hora em que o bebê toma banho, para aproveitar ainda mais esse momento.
No caso de mães que voltam a trabalhar depois do término da licença maternidade, Roberta Mattos diz que a massagem pode ser semanal. “Indico que as mães escolham um dia mais tranquilo. O ato tem que ser prazeroso para a mãe e para a criança. Se ela fizer a massagem estressada vai passar todo o stress para o bebê.”
 
Cuidados na hora da massagem
Antes de começar a massagem, a fisioterapeuta Roberta Mattos explica que é preciso preparar o ambiente. As portas e janelas devem estar fechadas para evitar que entre vento e, se for inverno, deve ser utilizado um aquecedor, já que os bebês perdem calor rapidamente.
A Shantala é feita com o bebê desnudo no colo da mãe ou do pai. O óleo utilizado deve ser neutro, como o óleo de amêndoas, para evitar reações alérgicas. Outra sugestão é que a mãe sempre utilize uma toalha para proteger as partes íntimas do bebê, caso ele urine. A massagem é feita em todo o corpo e rosto e sempre termina com um banho. “A banheira e a água aquecida já podem ficar prontas ao lado. Em seguida, a mãe pode trocar o bebê e amamentá-lo”, sugere Roberta.
Apesar de trazer vantagens, o pediatra Álvaro Luiz de Oliveira diz que as mães que não sabem aplicar a Shantala não devem ter medo de massagear seus filhos. “Qualquer mãe pode pegar seu filho peladinho, deitá-lo no colo ou colocá-lo sobre o seu corpo, apalpar esse neném e conversar com ele para conhecer essa criança. É essa a relação que vai trazer benefícios”, exemplifica Oliveira.
O pediatra recomenda também que mesmo as situações cotidianas sejam feitas com mais atenção. “Na hora de trocar a fralda, ao invés de fazer isso ‘aos trancos’, é melhor fazer carinhosamente, com calma. É uma mudança de atitude”, diz Álvaro de Oliveira. “Você acaricia o neném e isso gera a massagem. É um afago, na verdade, é instintivo”, completa Roberta Mattos.
 
Aplicando a técnica no seu bebê
O vídeo a seguir mostra como aplicar a técnica Shantala em seu bebê:
 
 
 
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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os 5 sentidos do bebê: tato

Toque. É através dele que podemos passar carinho, afeto, compreensão, entre tantos sentimentos mais. Não é a toa que se fala tanto do "calor humano".
O tato é o responsável por tantas sensações que temos e é desenvolvido ainda dentro do útero. Essencial para o bebê, é um dos primeiros sentidos a amadurecer.
Durante a gravidez a pele é o vetor essencial de comunicação entre a mãe e o bebê. O sentido do toque é o primeiro a aparecer, em torno da boca e na palma da pão, desde o 7º mês de gestação.
Os pais podem se comunicar desde muito cedo com o bebê: a pele da barriga da mãe estabelece o contato entre o bebê e o mundo, criando um diálogo. Não hesite em acariciar o ventre ou em fazer ligeiras massagenspois o bebê sente os gestos que você realiza.
No nascimento, a necessidade de segurança do bebê é mais forte que tudo. O bebê depende totalmente da mãe. O contato pele com pele o reconforta bastante, ajudando na passagem da vida utaria para a vida exterior.
Em geral, pode-se começar a massagear o bebê quando o cordão umbilical já está cicatrizado. A pele é o órgão mais extenso do corpo e pode trazer estimulações importantes ao bebê. Este aprecia muito ser tocado.
Prematuros ganharam peso mais rápido quando massageados seis vezes ao dia, demonstrou uma pesquisa da Escola de Medicina da Universidade de Miami, nos EUA. O neurologista americano Saul Schanberg, da Universidade Duke, observou que o toque estimula a produção do hormônio do crescimento. Seguindo um raciocínio similar, maternidades brasileiras adotam o método mãe-canguru, pelo qual os prematuros ficam no colo da mãe. "O bebê sente o calor e o cheiro da mãe, e ouve os batimentos cardíacos, o que remete ao útero", diz Carlos Alberto Landi. Resultado: diminui o tempo de internação e aumenta o vínculo entre eles. Atenção! Recém-nascidos não fazem manha. Portanto, não deixe seu bebê chorando, apenas aconchegue-o.
 
 
Como estimular o sentido do tato
Em todas as idades, descubrs o prazer de se comunicar com o bebê através dos 5 sentidos. A suas massagesn e carícias durante o banho, por exemplo, vão ensiná-lo a descobrir seu corpo. O seu filho se sentirá envolvido, protegido e em segurança. Privilegiar o contato pele com pele com cumplicidade: são momentos de ternura e de despertar, partilhando totalmente os primeiros meses de vida do seu bebê.
Do 1º ao 3º mês
Carícias para reconfortar. Colo é fundamental.Além disso, durante a amamentação, procure promover o maior contato possível de sua pele com a do bebê. Depois do banho, faça massagens em seu corpinho com movimentos rítmicos e leves nas pernas, braços, mãos etc. Com um mês deve-se privilegiar as carícias que respondem à necessidade de segurança e de calma do bebê. As trocas corporais são a primeira linguagem do seu bebê, que divide as emoções contigo. A partir de dois meses aplique ligeiras pressões, para estimular o seu sistema sensitivo. A partir do 3 mês, a palpação (gesto que consiste em apalpar fortemente um músculo ou um grupo de músculos) desenvolve a linguagem corporal.
Aos 3 meses o bebê descobre as mãos e começa a manipular objetos. Portanto, ofereça brinquedinhos a ele.
Do 4º ao 6º mês
A partir do 4 mês as emoções dão lugar à descoberta do mundo físico. O bebê torna-se mais dinâmico, pode levantar a cabeça quando deitado de barriga para baixo e começa a tocar-se (mãos nos pés).
Para desenvolver os sentidos do seu bebê, nada melhor do que oferecer novas texturas para ele tocar (espumas, líquidos, água, leite, spray, cremes, óleos) e várias sensações agradáveis à pele (frescura, leveza, suavidade).
Introduza progressivamente os jogos no universo da criança. Uma boa opção é o tapete de atividades, pois ajuda a estimular a visão e o toque, além de novos sons.
O banho é uma ótima ocasião para descobrir novas sensações. Aproveite para brincar com o sue bebê durante o banho. Depois do banho, envolva o bebê em uma toalha quente e o coloque em seu colo para um delicioso abraço. Em seguida, cuide bem de seu corpo, passando um bom hidratante ou um óleo corporal.
A prtir dos 4 meses (após as primeiras vacinas) já é possível ir à piscina com o bebê, com o acompanhamento de um especialista. Ele descobrirá novas sensações através desse contato com a água.
Do 7 ao 9 mês
A partir do 7º mês o bebê já começa a agarrar objetos com a mão e sacudí-los. Ofereça livros em cartões espessos para que ele possa folhear. Ele também passa a gostar de empurrar e perseguir objetos, rastejando. Entre os 7 e 9 meses ele começa a tentar sentar-se e brinca tentando virar-se. Com 9 meses começa a engatinhar.
Do 10º ao 12º mês
O bebê se diverte com objetos que se encaixam uns nos outros, como brinquedos de encaixe, blocos de montar etc.
1 a 2 anos
O pequeno já anda e procura comer sozinho. Apesar da lambança que ele provavelmente irá fazer, ter contato direto com a comida é uma forma saudável de estimular esse sentido.Coloque uma caixa próximo a ele para que possa guardar os brinquedinhos.
2 a 3 anos
Ensine-o a pintar com giz de cera e façam uma brincadeira juntos: apóie um papel em superfícies com texturas diferentes e passe o giz por cima.O resultado será surpreendente. E nos dias quentes, deixe-o brincar com água, mas mantenha-se sempre perto para supervisioná-lo.
Informações retiradas dos sites:

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Os 5 sentidos do bebê: audição

Dos 5 sentidos, a audição é o que mais influencia na fala do bebê. O bebê somente aprenderá a reproduzir os sons que ele ouvir, por isso é muito importante diagnosticar problemas de audição logo cedo.
Quando estava na maternidade, foi feito com minha filha o chamado "teste da orelhinha" e a pediatra me explicou que minha bebê ouvia perfeitamente bem. Mas infelizmente existem muitas mães que ainda desconhecem esse exame e sua importância.
Pois bem, vamos falar um pouco da audição.
A audição é um dos sentidos mais desenvolvidos no feto. A partir do 7º mês de gravidez o seu bebê já tem capacidade de reagir a sons.
O feto desperta para o mundo exterior com os barulhos que ele ouve, tais como:
- O som surdo do coração da mãe
- As vozes do pai e da mãe
Sendo assim, seu bebê já ouve bem desde que nasce, tirando os casos em que há alguma deficiência auditiva. Conforme cresce, ele vai usar o ouvido para absorver uma quantidade enorme de informação sobre o mundo que o cerca, o que por sua vez estimulará o cérebro e colaborará para conquistas no âmbito físico como sentar, virar, engatinhar e andar.
Desde que nasce, o bebê reconhece os barulhos ouvidos no útero, presta atenção às vozes, principalmente as mais agudas, e responde a sons conhecidos (sua fala, uma história que ouve com frequência etc.). Não sabe distinguir a origem dos sons, mas vai reagir a eles, movimentando os braços e pernas.
Pode se assustar com barulhos fortes e repentinos. Músicas suaves, cantigas de ninar, uma voz suave, palavras reconfortantes são capazes de acalmá-lo.
Estes momentos de comunicação são importantes, pois o bebê reconhece melhor a mãe pela voz e pelo cheiro do que pela silhueta. É muito importante conversar com ele, principalmente nos momentos de dor.
A audição do seu bebê estará totalmente madura ao final do primeiro mês de vida, mas vai demorar um pouco mais para que ele realmente entenda tudo o que está ouvindo.
Com 3 meses, o lobo temporal do bebê - que participa da audição, da linguagem e do olfato -- fica mais receptivo e ativo. Por isso, ao ouvir sua voz, seu filho pode olhar diretamente para você e começar a fazer sons para responder. Mas falar e ouvir são atividades que podem cansá-lo. Nessa idade, se seu filho desviar o olhar ou perder a concentração enquanto você conversa com ele ou lê uma história, não é preciso se preocupar com possíveis problemas na audição. Pode ser só excesso de estímulo.
Com 5 meses, o bebê vai perceber a origem dos sons, e vai se virar sempre que ouvir um barulho novo. Crianças de 5 meses também são capazes de reconhecer o próprio nome - observe como seu filho olha para você quando você o chama, ou quando fala sobre ele com outras pessoas.
 
 
Importância da audição
A audição do bebê se desenvolve totalmente quando ele é bem pequeno, mas é importante detectar qualquer problema bem cedo. Uma boa audição é a base para o desenvolvimento da fala. Quando ouve os outros falarem, o bebê aprende o som das palavras e a estrutura das frases, coisas essenciais para a formação da linguagem.
A influência dos sons no humor do bebê
Em função da frequência dos sons (agudo ou grave), o bebê pode:
Ficar preocupado: com sons agudos como uma buzina, uma campainha, uma moto acelerando ou um alarme. No útero percebe-se o stress do bebê com o aparecimento de movimentos bruscos, rápidos e desordenados.
Ficar mais relaxado: com sons graves, como o vento nas árvores, o barulho das ondas na praia ou os sinos de uma irgreja ao longe.Neste caso, sentem-se movimentos maplos e calmos, com o contato da sua mão sobre o ventre.
Durante a gravidez o bebê consegue ouvir a mãe, reage às suas emoções, é sensível ao barulho do coração e ao seu rítimo. Uma música suave ajuda a acalmá-lo.
 
Como estimular a audição do bebê
Há muita coisa que você pode fazer para ajudar seu filho a se acostumar com sons novos e aprender com eles. Experimente recitar versinhos populares, cantar e tocar música para ele. Não há necessidade de se restringir a musiquinhas infantis. Você pode mostrar qualquer coisa ao seu filho, seja MPB, música clássica ou rock. Até um sino dos ventos pendurado na janela ou o tiquetaque de um relógio são suficientes para entreter o bebê - quanto mais variados os sons, melhor. Logo você vai perceber que seu filho prefere um tipo de som ao outro, quando ele começar a demonstrar seus primeiros gostos.
Ler para uma criança, não importa a idade, é sempre benéfico, pois ajuda o bebê a treinar o ouvido para a cadência da língua. Por isso vale a pena variar o tom de voz (grossa para o Lobo Mau, fininha para a Chapeuzinho Vermelho), dar ênfase em determinados trechos e acompanhar a leitura com gestos, o que vai tornar a experiência mais estimulante para vocês dois. Além disso, quanto mais você ler para seu filho e conversar com ele, mais sons e palavras ele vai aprender, no caminho certo para começar a falar.
Bebês de cerca de 4 ou 5 meses podem começar a observar sua boca com atenção quando você fala, e tentar imitar entonações e pronunciar sons consonantais como "m" e "b".
 
Quando se preocupar
Os bebês são surpreendentes: conseguem (ainda bem!) continuar dormindo mesmo com o telefone tocando ou o cachorro latindo. É normal -- eles precisam dormir. Apesar de a grande maioria dos bebês escutar muito bem, algumas crianças apresentam déficits auditivos, em especial se tiverem nascido muito prematuras ou se sofreram privação de oxigênio ou alguma infecção grave ao nascer. Quando há casos de problemas auditivos na família, o risco de o bebê ter alguma deficiência nessa área é maior.
O normal é que, quando acordado e alerta - e sem estar resfriado nem com dor de ouvido, que podem afetar a audição -, o bebê se assuste com barulhos fortes e repentinos, acalme-se e olhe para você ao ouvir sua voz e pareça reagir aos sons que o cercam.
O "teste da orelhinha", simples e rápido, verifica a audição de recém-nascidos e pode ser feito na própria maternidade. Hospitais públicos de várias regiões já oferecem o exame gratuitamente. Se seu bebê não fez o exame quando nasceu, converse com o pediatra. Também dá para avaliar a audição do seu bebê em casa, com os seguintes testes práticos:
Menos de 3 meses: Bata palmas por trás da cabeça do bebê. Se ele se assustar, está ouvindo bem. Se não, tente mais algumas vezes.
De 4 a 6 meses: Chame seu filho pelo nome e observe se ele vira a cabeça ou reage ao som da sua voz. Preste atenção se ele mexe os olhos e a cabeça para procurar de onde vem algum som interessante.
De 6 a 10 meses: Verifique se a criança reage ao próprio nome e a sons conhecidos do ambiente em que vive, como o toque do telefone ou o barulho do aspirador de pó.
De 10 meses a 1 ano e 3 meses: Peça ao seu filho que aponte para a imagem de alguma coisa conhecida em um livro (o "au au", por exemplo). Se ele não conseguir, talvez não esteja escutando o pedido.
Se seu filho passou em todos esses testes mas você continua preocupada, confie no seu instinto de mãe e converse com o pediatra. O ideal é que eventuais problemas de audição sejam detectados o mais cedo possível. Segundo as pesquisas mais recentes, o uso de equipamentos para auxiliar na audição antes dos 6 meses de idade colabora significativamente para que essas crianças desenvolvam a fala e a linguagem.

Informações retiradas dos sites:

domingo, 26 de agosto de 2012

Os 5 sentidos do bebê: visão

Qual mãe nunca se perguntou: será que meu bebê já enxerga? Será que ele me reconhece? A partir de quando ele passa a se interessar pelas coisas através da visão?
Eu também já me fiz essas perguntas e descobri que todas elas têm respostas!
Quando nasce, o bebê já enxerga, mas uma imagem embaçada, desfocada. Ele não distingue os relevos e as cores. Ele não gosta de luzes fortes porque sua retina ainda não tem proteção para este tipo de iluminação.
Ele consegue focar bem uma imagem a 45cm de distância, que é a distância do colo ao rosto dos pais. A criança observa a mãe e o pai o tempo todo, memorizando seus traços e aprendendo a reconhecer suas vozes. Faça o teste. É bem possível que você perceba como o recém-nascido reconhece a voz da mãe.
O nível de atenção do bebê ainda é bem pequeno, e a tarefa de se ambientar ao mundo externo ao útero já é estímulo suficiente para as próximas semanas. Não exagere, mas um móbile sobre o berço não fará mal e servirá para distraí-lo.
A distinção entre cores provavelmente não é muito boa até pelo menos três meses de idade. Essa é a razão pela qual os recém-nascidos tendem a ter maior atração pelo contraste entre o claro e o escuro em vez de por objetos de cores fortes.
Outro aspecto interessante da visão de um recém-nascido é que eles têm preferência pela face humana. Na realidade, parece haver uma zona do cérebro dedicada a permitir este reconhecimento facial.
É interessante que os bebês recém-nascidos são atraídos até mesmo por esboços grosseiros de faces humanas. Esse mecanismo de reconhecimento específico facilita o apego entre a mãe e a criança, particularmente durante a amamentação.
Uma desvantagem para a visão do recém-nascido é que os músculos do olho do bebê são ligeiramente fracos e bastante sem coordenação. Assim, embora a visão possa ser desenvolvida o bastante para permitir o reconhecimento de formas e contrastes, os músculos do olho tornam difícil o foco e o seguir estes objetos.
A maioria dos pais está familiarizada com o olhar estrábico que os bebês recém-nascidos parecem ter. Porém, esta coordenação pobre dos olhos, que os impede de se mover como uma unidade, é menos intensa a cada mês que passa.
Aos poucos a visão evolui e melhora.
 
 
Um mês
Quando nasce, o bebê não sabe usar os olhos de forma concomitante, por isso fica "vesguinho" com frequência. Com 1 ou 2 meses, no entanto, ele já aprende a focalizar os dois olhos ao mesmo tempo e é capaz de acompanhar com o olhar um objeto em movimento (embora talvez já fizesse isso por curtos períodos desde o nascimento). Um simples chocalho passado diante do rosto dele já é o suficiente para hipnotizá-lo. Você também pode tentar com seu próprio rosto: olhe-o nos olhos e mexa seu rosto para um lado e para o outro. Os olhinhos dele provavelmente vão se fixar nos seus.
Dois meses
Os bebês enxergam as cores desde que nascem, mas têm dificuldade para distinguir tons parecidos, como vermelho e laranja. Por isso, muitas vezes preferem cores contrastantes ou o preto-e-branco. Entre 2 e 4 meses de idade, no entanto, as diferenças entre as cores vão ficando mais claras, e seu bebê começa a distinguir tons semelhantes. Com isso, deve começar a mostrar preferência por cores primárias e fortes, e por formatos e desenhos mais detalhados e complexos. Incentive o interesse mostrando ilustrações, fotos, livros e brinquedos de cores vivas. Durante os próximos meses, ele também vai aperfeiçoar a técnica de seguir objetos com o olhar.
Quatro meses
Nessa fase, o bebê começa a desenvolver a percepção de profundidade, que o ajuda a saber se alguma coisa está perto ou longe. Também passa a controlar melhor os braços, e assim o desenvolvimento visual acontece na hora certa para ajudá-lo a tentar pegar coisas tão intrigantes, como seu cabelo, seus brincos ou seus óculos, com muito mais precisão.
Cinco meses
Com essa idade, seu filho consegue detectar objetos pequenininhos e acompanha bem o movimento das coisas. Pode até ser capaz de reconhecer um objeto enxergando só uma parte dele -- a base para as brincadeiras de esconde-esconde que vocês farão nos meses seguintes. A maioria das crianças de 5 meses já aprendeu a distinguir entre cores básicas parecidas, e agora começa a observar as sutis diferenças entre os tons pastel.
Oito meses em diante
A visão do seu bebê -- que antes chegava no máximo aos 50 por cento de acuidade -- agora é quase igual à de um adulto em termos de clareza e percepção de profundidade. Ele ainda enxerga melhor de perto que de longe, mas com 8 meses já vê o suficiente para reconhecer pessoas que estejam do outro lado de uma sala. Com essa idade, os olhos da criança também normalmente estão próximos de sua cor definitiva, embora ainda possa haver mudanças sutis na cor da íris.
 
O que você pode fazer
Pergunte na maternidade ou ao pediatra nas primeiras consultas se os olhos do bebê foram examinados, para descartar doenças que acometem os recém-nascidos, como a catarata congênita e o retinoblastoma. O primeiro exame deve ser feito ainda na maternidade, pelos pediatras do berçário, que avaliam a retina com uma luz emitida por um aparelho especial.
Quando a criança tem cerca de 1 mês, qualquer objeto é suficiente para hipnotizá-la -- não é preciso se preocupar em comprar brinquedos especiais para isso. Muitas vezes, sua própria mão se mexendo serve para entretê-lo (e é um brinquedo impossível de perder). Coisas simples como papel-alumínio ou um pote colorido podem ser passados diante dos olhos dela, de um lado para o outro, para treinar a técnica de acompanhar o movimento. Depois, mude o sentido do movimento para de baixo para cima e vice-versa. A maioria dos bebês só consegue acompanhar o movimento vertical sem dificuldades com 4 ou 5 meses de idade.
Como o mencionado acima, incentive o interesse do bebê nas cores primárias e depois nos tons pastel, conforme ele vai ficando mais velho. Móbiles (pendurados fora do alcance dele), pôsteres de cores vivas e livros resistentes com ilustrações chamativas chamam bastante a atenção da criança.
O bebê também se diverte muito ao contemplar seu reflexo no espelho.
De 7 a 10 meses, cubos coloridos permitem um desenvolvimento e uma observação mais inteligente do bebê. Brincar de esconder também é divertido e estimulante.
De 10 a 12 meses o bebê se interessa cada vez mais pelos cubos. Gosta de fazer pirâmides para depois derrubá-las.
Com 12 meses o bebê começa a se interessar por imagens e fotos. Mostre fotografias da família, para estimulá-lo ainda mais.
 
Quando se preocupar
O pediatra costuma prestar atenção à visão do seu filho em cada consulta, desde o nascimento. A maioria das deficiências visuais pode ser corrigida se for detectada cedo; quanto mais velho fica seu bebê, mais difícil é solucionar eventuais problemas. É improvável que você consiga detectar sozinha coisas como miopia, hipermetropia e astigmatismo, mas fique de olho em dificuldades mais graves. Se seu filho não consegue fixar o olhar ou acompanhar um objeto (ou seu rosto) com os dois olhos aos 3 ou 4 meses de idade, fale com o médico. Bebês prematuros correm mais risco de ter determinados problemas visuais, como astigmatismo, miopia e estrabismo, por isso os pais e médicos devem dedicar atenção especial à visão deles. Fale com o pediatra se:
• Seu bebê tem dificuldade para movimentar um ou os dois olhos para todas as direções
• Seu bebê passa a maior parte do tempo "vesguinho"
• Um ou os dois olhos do bebê tendem a ficar olhando para fora

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