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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Infecção Urinária: uma doença silenciosa

Com apenas 2 semanas de vida minha pequena apresentou um quadro de infecção urinária, que só foi descoberto devido à perspicácia da médica dela.
Os únicos sintomas foram irritabilidade (que todos diziam ser devido às cólicas) e baixo ganho de peso.
Quando vi que ela não tinha ganho peso, fiquei com medo de ter que dar Leite Artificial. Eu não entendia como ela podia não ganhar peso, já que mamava bem o dia todo. Então, para minha surpresa, a médica disse que podia ser infecção urinária e pediu exame de urina e sangue, o que confirmou o diagnóstico.
Dessa forma, recomendo a todas as mães observarem bem esse artigo, pois se não for tratada corretamente, a infecção urinária pode trazer consequências sérias aos bebês.


A infecção urinária é um dos problemas mais frequentes em crianças. Ela se dá devido a uma proliferação de bactérias ou fungos, que passaram do exterior para a urina que está na bexiga. Daí esses microorganismos podem infectar o resto do aparelho urinário. Só se instala quando, por razões muito diversas, a urina não é completamente esvaziada com a micção.
É mais frequente no sexo feminino, pois o meato urinário está localizado perto do ânus e comprimento da uretra é menor do que no sexo masculino. Isso facilita o acesso das bactérias ou dos fungos à bexiga. Cerca de 8 por cento das meninas e 2 por cento dos meninos sofrem pelo menos uma infecção no trato urinário ao longo da infância. 

Principais sintomas
Muitas vezes, uma febre inexplicável é o único sinal da infecção. Cerca de 5 por cento das crianças até 3 anos com febre e sem nenhum outro sintoma estão com infecção no trato urinário. Como os sintomas são escassos e pouco específicos, muitos bebês acabam nem sendo diagnosticados.
Em alguns casos, as crianças podem apresentar outros sintomas, acompanhados ou não de febre, tais como: Ainda que a criança pareça ter melhorado depois de alguns dias, é importante dar o remédio até o último dia, conforme a receita do médico, para que a infecção não volte ainda mais forte.
Se a criança estiver debilitada, pode precisar ser internada para receber o remédio pela veia. Quando a infecção acontece em bebês de menos de 1 mês, a hospitalização é praxe.
• Choro ou reclamação na hora de fazer xixi (um jeito de saber se a criança está fazendo xixi naquele exato momento é colocando a mão sobre a fralda. Dá para sentir o quente da urina enchendo a fralda).
• Urina com cheiro ruim • Urina opaca, turva ou com sangue • Irritabilidade persistente, sem explicação • Vômitos • Falta de apetite • Emagrecimento ou dificuldade para ganhar peso

Como coletar a amostra de urina para fazer o exame

É bem difícil colher uma amostra estéril de urina de um bebê, que não esteja contaminada pelas bactérias presentes na pele, no bumbum e no cocô.
O método mais comum de fazer o exame é grudar uma espécie de saco plástico, com adesivos e um buraco, em torno da vagina ou do pênis do bebê, depois de uma boa limpeza da área. Nem sempre a estratégia funciona da primeira vez. Siga as orientações do hospital ou do laboratório.
Provavelmente a coleta terá de ser feita no próprio hospital ou laboratório, e não em casa, e você vai ter de ficar esperando o xixi aparecer -- reserve um bom tempo para a "operação exame". Procure oferecer líquidos para a criança antes da coleta para tentar diminuir o tempo de espera pelo xixi.
Em casos especiais, é necessário obter a amostra com um cateter -- um caninho flexível colocado na uretra do bebê para retirar a urina diretamente da bexiga. Apesar de desconfortável (o bebê provavelmente vai chorar), o exame é seguro e rápido: leva menos de um minuto.

Tratameto
O tratamento da infecção é feito com antibióticos, na maioria das vezes por boca, por até duas semanas. O ideal é que o antibiótico seja escolhido com base no resultado da cultura de urina e do antibiograma, mas às vezes os médicos já receitam um antibiótico chamado de "amplo espectro" antes mesmo de saber o resultado, para que o efeito seja mais rápido, e depois de identificada a bactéria ajustam a medicação.
Como evitar
Certas crianças têm mesmo uma tendência a sofrer de infecções no trato urinário, mas há algumas medidas que você pode tomar para reduzir o risco:
• Dê muito líquido ao seu filho. Além de manter o trato urinário em constante atividade, os líquidos ajudam a evitar a prisão de ventre, que pode colaborar para que haja infecções.
• Também para evitar a prisão de ventre, ofereça bastante fibra ao bebê, como frutas, verduras e grãos integrais, quando ele já estiver comendo outros alimentos além do leite.
• Se você está amamentando, mantenha o aleitamento até o bebê ter no mínimo 7 meses. Estudos já mostraram que o leite materno até essa fase protege contra infecções urinárias, e a proteção se mantém até a criança ter mais de 2 anos, mesmo que não mame mais no peito.
• No caso de meninas, não use muito sabonete na água do banho, para não irritar a região vaginal. E sempre limpe a área da frente para trás, quando estiver trocando a fralda, para não levar bactérias do bumbum para a vagina.  

Procure o médico se desconfiar que há algo errado. As infecções urinárias são fáceis de tratar, mas se não forem debeladas podem causar danos permanentes aos rins, e até mesmo insuficiência renal. De acordo com especialistas, em crianças de até 2 anos a probabilidade de sofrer sequelas graves é maior que em crianças mais velhas, por isso é importante diagnosticar o problema o quanto antes. 

Informações retiradas dos sites:
http://brasil.babycenter.com/baby/saude/infeccao-urinaria/
http://www.urologiapediatrica.com.pt/3_problemas_aparelho.php?id=45

Um comentário:

  1. Infecção urinária é triste demais. Dá muita dó. Minha menina de 3 anos ficou 6 horas no hospital pra colher o exame, pois como ela sabia que ia doer segurava o xixi. Foi triste, duas injeções e uma semana de ATB. Não teve febre e só percebi porque ela chorava pra fazer xixi. O pediatra me alertou que crianças que sofrem de prisão de ventre tem mais tendência a infecção urinária e por coincidência foi o caso da minha menina, mas graças a Deus nunca mais teve. Nada de sabonete na região íntima e não espere pra pedir o exame, pois tem médico que fica mascarando com FlogoRosa e ai a infecção sobe. :(

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