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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O nascimento: os vários tipos de parto

Conforme a gestação vai evoluindo, a mãe deve se preparar psicologicamente para o parto. Dessa forma, é importante saber as diferenças entre os diversos tipos de parto e conversar com seu Ginecologista para definir qual a melhor opção.

Parto cesárea (ou cesariano):
 Por se tratar de uma cirurgia, deveria ser realizado apenas em casos específicos como sofrimento fetal, desproporção do tamanho do bebê em relação à pelve (bacia óssea), posição fetal invertida ou inadequada do bebe, infecção por herpes genital, hipertensão materna mal controlada, pré-eclampsia, diabetes. A anestesia mais desejável é a raque ou peridural; mas, em condições excepcionais, pode ser necessária a anestesia geral.
Após desinfecção da pele do abdome da gestante, campos cirúrgicos estéreis de tecido são colocados naquela região, os braços são acomodados e mantidos fora da área operatória. Em seguida, as paredes do abdome são abertas cirurgicamente por planos até o útero (sete camadas) por uma incisão de 10 cm feita acima dos pelos púbicos. O bebê e, em seguida, a placenta são retirados; o médico revisa toda a área operada, sobretudo para avaliar se não há qualquer ponto sangrando, e então o corte é fechado com pontos, plano por plano.
De todos os tipos de parto, esse parto cirúrgico é o de recuperação mais difícil, por ser bem mais lenta e dolorida, além de apresentar maiores riscos de infecções.

Parto cesárea minimamente invasivo:
Esta é uma nova técnica de cesariana capaz de reduzir o tempo cirúrgico, a dor e melhorar a recuperação da mulher no pós-parto. A abertura da barriga é feita de um jeito bem menos agressivo:
1. O médico corta a pele e o tecido subcutâneo — a gordura — da mesma forma que na cirurgia convencional.
2. Depois corta a aponevrose, uma capa que recobre os músculos. Aqui surge a grande diferença: no método tradicional, ela é descolada dos músculos até o umbigo, lesando nervos e vasos. Na nova técnica isso não acontece.
3. Outra mudança importante: os músculos são separados com a mão, em vez de cortados.
4. O médico corta duas camadas de peritônio, membrana que envolve os órgãos internos, mas não descola esse tecido da bexiga, como na técnica convencional.
5. Por fim, abre a parede do útero e o bebê é retirado.
6) No lugar das sete camadas que eram suturadas antigamente suturamos apenas quatro: útero, aponeurose, subcutâneo e pele. Isto significa menos dor pós-operatória, menor tempo cirúrgico, diminuição de custos, recuperação mais rápida e menor necessidade de analgésicos.
As vantagens da Cesárea Minimamente Invasiva são a diminuição em cerca de 10 minutos no tempo da cirurgia; menor lesão dos tecidos porque são feitos menos cortes; menos sangramento durante a cirurgia; menos dor no período pós-operatório e redução do uso de analgésicos.

Parto normal (ou vaginal):
É a forma convencional de dar à luz. Hoje em dia, esse tipo de parto não precisa ser tão doloroso como era antigamente, visto que anestesias mais modernas, como a peridural e a raque, aliviam as dores do parto sem impedir que a mãe participe ativamente de todo o processo.
Comparado com a cesareana, o parto normal evita possíveis complicações como hematomas, dores pélvicas e infecções, e ainda diminui o tempo da recuperação, pois é menos invasivo.
Ao chegar ao hospital, a mãe recebe acompanhamento da temperatura, pressão arterial e freqüência cardíaca do bebê. Medidas como o enema (lavagem intestinal) e a tricotomia (raspagem dos pêlos pubianos) não são mais procedimentos de rotina. No ritmo certo, as paredes do útero se contraem e fazem a devida pressão para impulsionar a criança para baixo e para fora. Em alguns casos, é feita a indução — estimulo das contrações com medicamentos ou com o rompimento precoce da bolsa; neste caso, com a saída do líquido da bolsa (líquido amniótico), o útero começa a se contrair, promovendo o desencadeamento ou a normalizacao do ritmo do trabalho de parto.

Parto Natural
É praticamente igual ao parto normal, podendo ocorrer em casa ou no hospital. Nesse tipo de parto não há intervenções como anestesias, episiotomia (incisão no períneo, até há pouco tempo rotineira) e indução – o médico apenas acompanha atento o ritmo dos acontecimentos e a movimentação da mulher.

Parto de cocoras (ou parto das índias)
Assim como o parto natural, o parto de cócoras oferece a mesma vantagem de recuperação rápida. As diferenças estão na posição da mãe na hora do nascimento da criança, que fica de cócoras, e na posição do bebê, que deve estar necessariamente de cabeça para baixo (posição cefálica).
A presença de um acompanhante, principalmente do companheiro é mais do que bem-vinda, pois este pode participar ativamente, dando apoio com o corpo atrás da mulher.
Esta posição conta com a ajuda da gravidade intensificando a eficiência das contrações e o esforço da mãe, o que acelera o procedimento, tornando o processo bem mais confortável e a mulher não sofre compressão de importantes vasos sanguíneos, o que poderia levar ao sofrimento do feto. Outra vantagem é que a área da pélve é aumentada em até 40% e a elasticidade do períneo é menos comprometida (mantendo sua integridade), o que facilita a passagem do bebê; já na posição horizontal, o feto é obrigado como que subir durante a expulsão para vencer a forma da curva pélvica, e exige da mãe um esforço muito maior para o mesmo fim.

Parto na água
O parto é feita na água, em uma banheira com água na temperatura corpórea (37º), cobrindo toda a barriga e genitais, de forma que o bebê sai suavemente de um líquido quentinho direto para outro. Esse parto pode, assim como no de cócoras, ser realizado com o apoio de um acompanhante.
A água morna proporciona aumento de irrigação sangüínea, diminuição da pressão arterial e relaxamento muscular, o que provoca o alívio das dores e maior rapidez no trabalho de parto, se comparado ao parto natural, por exemplo. A água também ajuda na dilatação do colo de útero e dá maior flexibilidade ao períneo.
Apesar das vantagens, esse tipo de parto não é recomendado para os prematuros, ou em casos de presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo e bebês com mais de 4 kg ou que precisem de monitoramento contínuo. Além disso, requer condições de ambiente propicias além de profissional experiente neste tipo de assistência.

Parto "sem dor"
Começa no pré-natal, visto que aA mãe deve receber informações necessárias de como reconhecer as contrações e a hora correta de ir para o hospital. Junto a isso, métodos psicoprofiláticos – os mais conhecidos são Bradley, Lamaze e Hipnobirth –, desenvolvidos especialmente nos Estados Unidos, treinam a respiração para o relaxamento e a concentração da gestante na hora do parto. Desta forma, a mãe se sente segura e sentirá menos dor.
No Brasil, o chamado “parto sem dor” é feito com a aplicação de anestesia (raqui ou peridural), que alivia ou até inibe a dor no período de dilatação e contrações. Mas isso não quer dizer que o parto será 100% sem dor, porque durante o período de dilatacao algumas sensações são necessárias para que a mãe tenha uma atitude pro-ativa e perceba o momento de empurrar o bebê para fora no momento do período expulsivo. Entretanto, existe o risco de perda excessiva de sensibilidade, o que resulta na perda de controle da mãe sobre o parto. Alguns médicos aplicam a anestesia apenas nos momentos finais, quando o bebê está saindo do útero, uma alternativa que deveria, sempre que possível, ser adotada.

Parto Leboyer (ou nascimento sem violência), também conhecido como parto normal humanizado
Caracteriza-se pelo uso de pouca luz, silêncio principalmente depois do nascimento, massagem nas costas do bebê, ausência da famosa palmada para fazer o bebê chorar e abrir os pulmões (essa transição respiratória é feita de forma suave, esperando o cordão parar de pulsar), colo de mãe, amamentação precoce, banho perto da mãe, que pode ser dado pelo pai. Pode ser feito na água.
O Parto Laboyer é um exemplo de renovação do ritual do nascimento e apontado por psicanalistas como um meio de reduzir o “trauma” que significa para o bebê a saída do útero materno. Estudos realizados em “Bebes-Leboyer” defendem que esse tipo de parto gera crianças mais seguras, autônomas precocemente e emocionalmente equilibradas.

Informações retiradas dos sites:

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